Desde que o Kubernetes foi lançado há cinco anos pelo Google, ele se tornou o padrão para orquestração de contêineres na nuvem e no data center. Sua popularidade com os desenvolvedores decorre de sua flexibilidade, confiabilidade e escalabilidade para agendar e executar contêineres em clusters de máquinas físicas ou virtuais (VMs) para uma ampla gama de cargas de trabalho.
Quando se trata de infraestrutura, o Kubernetes está cada vez mais sendo adotado como um componente-chave para Edge Computing.
Assim como na nuvem, o Kubernetes permite que as organizações executem contêineres com eficiência na borda de uma maneira que permita que as equipes de DevOps se movam com maior destreza e velocidade, maximizando recursos e gastando menos tempo integrando-se com ambientes operacionais heterogêneos, especialmente importante porque as empresas consomem e analisar quantidades cada vez maiores de dados.
O que o kubernetes faz?
Kubernetes é uma plataforma projetada principalmente para implantar e gerenciar aplicativos que são executados dentro de contêineres, embora também possa ser usado para gerenciar máquinas virtuais.
O Kubernetes se tornou popular nos últimos anos devido à sua capacidade de automatizar implantações de aplicativos complexos e em grande escala.
Seria virtualmente impossível gerenciar dezenas de contêineres e centenas de instâncias de contêiner manualmente. O Kubernetes os gerencia automaticamente aumentando e diminuindo os aplicativos em resposta à demanda, reiniciando os aplicativos com falha e movendo as cargas de trabalho entre diferentes servidores em um cluster para equilibrar as cargas.
Em outras palavras, o Kubernetes traz para todas as organizações o tipo de gerenciamento massivo e automatizado que antes estava disponível apenas para organizações em hiperescala com estruturas de orquestração complexas e específicas.
Por que usar o kubernetes para Edge Computing?
Novamente, seus recursos tornam a plataforma útil para uma variedade de casos de uso.
Você pode usar o Kubernetes para gerenciar qualquer ambiente local ou baseado em nuvem. Você também pode usá-lo em um contexto de várias nuvens ou híbrido, em que o contêiner se torna o plano de controle central para várias nuvens ou para infraestrutura baseada em nuvem e local, ao mesmo tempo.
Para Edge Computing, o Kubernetes oferece alguns benefícios importantes:
1 – Gerenciamento centralizado de Infraestrutura
O principal deles é o fato de que, como acabamos de observar, o Kubernetes pode gerenciar vários tipos de infraestrutura em simultâneo. Isso torna a tecnologia ideal para um cenário de Edge Computing em que alguns aplicativos, ou partes de aplicativos, residem no local ou na nuvem, enquanto outros são executados na ponta.
O Kubernetes pode gerenciar todos esses recursos de maneira centralizada, eliminando a necessidade de lidar com diferentes ferramentas de gerenciamento para cada ambiente.
2 – Escalabilidade rápida
Por causa de seus recursos de gerenciamento automatizado, o Kubernetes pode reagir instantaneamente às mudanças na Edge Computing.
Por exemplo, se um ponto de presença ficar offline, o que pode acontecer em alguns casos de uso de Edge Computing, como aqueles envolvendo veículos que desligam quando não estão em uso ou sensores IoT com conectividade de rede intermitente de longo alcance – o Kubernetes pode reagir em tempo real redirecionando o tráfego para um local alternativo.
Um ponto de presença desconectado não é tão diferente de um nó com falha, que o Kubernetes foi projetado para lidar com facilidade.
O fato de o Kubernetes poder implantar novas versões de contêineres ou aplicativos rapidamente também é uma vantagem para casos de uso de Edge Computing.
Se um novo local precisar ser colocado online ou um aplicativo exigir uma atualização, o Kubernetes oferece os recursos de implantação automatizada necessários para implementar a mudança rapidamente.
3 – Fácil de implantar
Uma terceira vantagem do Kubernetes para casos de uso de Edge Computing é a facilidade de implantação.
Você pode implantar um ambiente Kubernetes em praticamente qualquer infraestrutura, usando qualquer abordagem de implantação. Você mesmo pode configurá-lo em seus próprios servidores.
Você pode implantá-lo como um serviço gerenciado na nuvem usando diferentes tipos de plataformas. Sendo possível também o uso em uma camada de gerenciamento que simplifica a administração do Kubernetes, mas não é uma distribuição do Kubernetes.
O fato de o Kubernetes ser uma plataforma comprovada e fácil de implantar o torna atraente para a Edge Computing, no sentido de que a borda continua sendo um nicho tecnológico relativamente novo.
Ser capaz de implementar ambientes de Edge Computing usando tecnologia que as organizações já conhecem e confiam, e que podem ser configuradas rapidamente, é melhor do que ter que aprender e implantar soluções de gerenciamento totalmente novas que são desenvolvidas especificamente para a Edge Computing.
Esse é outro motivo pelo qual é provável que o Kubernetes continue sendo uma parte importante do cenário da Edge Computing em um futuro próximo.
Você pode fazer muitas coisas com o Kubernetes, e é difícil imaginar um futuro em que o Kubernetes seja usado apenas para Edge Computing.
Mas o gerenciamento de cargas de trabalho é um caso de uso cada vez mais atraente para o Kubernetes, devido às maneiras como seus recursos atendem aos desafios impostos pela Edge Computing.
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