No dia 28 de janeiro é celebrado o Dia Internacional da Privacidade e Proteção de Dados Pessoais.
Essa é uma excelente oportunidade para refletirmos como cidadãos o porquê precisamos de privacidade:
Será mesmo que a sociedade precisa de privacidade? Quais os impactos da falta de privacidade na vida de todos nós?
Um bom ponto de partida para essa reflexão é pensarmos sobre o quanto as grandes empresas de tecnologia como Microsoft, Google, Apple e o Facebook sabem sobre os seus usuários.
Por exemplo: uma vez que sejamos usuários do que tenhamos os nossos gastos pessoais organizados em planilhas do google e que tenhamos as propostas técnicas e comerciais das nossas clientes editadas e armazenadas no , todos esses conteúdos podem ser analisados pelo Google, com o pretexto de treinar os algoritmos para que sejam mais assertivos no momento de recomendar produtos para você.
Seguindo nessa reflexão, considere as dezenas de aplicativos no seu celular, que diga-se de passagem, muito provavelmente você nem sabe quais dados está autorizando que sejam compartilhados e muito menos sabe dizer com quem estas informações estão sendo compartilhadas.
Você já imaginou tudo o que essas aplicações/empresas sabem sobre você?
Sabem sobre os seus hábitos alimentares, sobre a sua rotina, sobre as suas preferências, inclusive aquelas de fórum íntimo.
O uso indevido de dados já foi capaz até de mudar os rumos (ou na melhor das hipóteses) influenciar os resultados das eleições americanas quando da eleição do ex-presidente Donald Trump. A ONU tem recebido denúncias de que o governo chinês viola a proteção de dados pessoais para rastrear e aprisionar uma minoria conhecida como Uigures que estariam sendo mantidos, uma vez em solo Chinês, naquilo que a imprensa internacional considerou como campos de concentração.
O uso inadequado de dados pessoais pode ser devastador para as liberdades da população.
O exército americano ao se retirar do Afeganistão, abandonou alguns equipamentos utilizados para identificação e cadastro de aliados, cidadãos afegãos, esses equipamentos foram parar nas mãos do Talibã que de posse desses dispositivos sabem onde localizar essas pessoas. Esses são apenas alguns dos exemplos do que pode ocorrer quando o ESTADO faz mau uso dos dados pessoais.
Talvez você esteja condicionado – como a grande maioria das pessoas – a entender que não há outra opção, que os modelos de negócios baseados em dados são o único caminho, mas tem muita gente ao redor do mundo questionando esse modelo e buscando alternativas.
Por exemplo, enquanto o Google monitora tudo que fazemos, cada clique, cada busca, outro motor de buscas, o Duckduckgo, prima pela nosss privacidade. Pense nisso!
Encerro as minhas palavras convidando você a ler o
E-book Dicas de Privacidade para Uso nas Mídias Sociais.
Leonardo Lemes – Cyber Security Director